.comment-link {margin-left:.6em;} <$BlogRSDURL$>

segunda-feira, abril 02, 2007

Balada no divã

Chega uma hora. No meio da balada. Você pára e pensa: O que é que eu tô fazendo aqui?
É o começo de sua crise existencial.
Não são muitos passos para chegar no O que tô fazendo aqui...nesta vida, ou neste mundo.
Mas não se chega tão longe.
Geralmente, o álcool e o sono conseqüente não permitem que se lembre dessas filosofias no dia seguinte.

Mas na hora, já não importa:
se você vai beijar ou não;
se a música é boa ou ruim;
se já são altas horas ou o começo da balada.

E aquela pergunta bate na sua cabeça, ao ritmo de um surdo ou de um bate-estaca: que diabos eu tô fazendo aqui?
É fácil ver quando isso acontece.
De altivez e alegria, passa-se ao estado de observação.
A pessoa quer encontrar nos outros, ou no comportamento humano, todo aquele sentido das coisas.
Passa a se sentir filosófica. Ou então, bebe para esquecer tudo isso.

Logo, logo, começa a declamar seus milhares de pensamentos desconexos,
ainda mais difíceis de entender - no meio de uma balada e com a dicção um tanto debilitada.

Acredito que isso acontece com todos ou, uma hora, há de acontecer.
E talvez você pense nesse texto, quando estiver no meio da balada perguntando: o que é que eu tô fazendo aqui?
Não. Eu não tenho a resposta.
Pra falar a verdade, não sei nem se ela existe.
Boa balada.

Forasteiros
forasteiros

This page is powered by Blogger. Isn't yours?