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terça-feira, maio 26, 2009

Filosofia sobre o amor eterno

Gostava das aulas de crisma, porque falavam mais de filosofia do que da catequese pura e simples. Lembro até hoje de uma aula em que o monitor questionava: e se não existissem o céu e o inferno?

Para ele, havia somente a eternidade. O céu/inferno estava em viver essa eternidade com o peso leve/insuportável de sua própria consciência.

Penso nisso quando me falam de amor. Quem diz que ele não é eterno nunca o viveu. Porque mesmo quando o relacionamento acaba, ficam as lembranças, até a eternidade.

Pode ser que esqueçamos delas no dia-a-dia, mas sempre seremos lembrados por trechos de paisagens, perfumes, músicas, gostos e até na maciez de uma brisa noturna de verão. Não por acaso, sentidos e sentimentos são palavras tão parecidas.

E esses sentidos que despertam sentimentos, eternos, têm o poder de transformar aquele breve momento de saudade/vida num céu ou num inferno, simbolizado por suspiros e sorrisos, ou pontadas de dor e lágrimas.

O amor, pra mim, é a plena existência de ceu e inferno dentro de alguns momentos sentidos. Já os vivi. Hoje prefiro ficar morto, no limbo. E começo a aceitar a idéia de viver assim por toda a eternidade.

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