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terça-feira, julho 24, 2007

Bastidores da não-notícia III

Chegou cansado hoje.
Trabalhara ontem até altas horas sem receber um tostão a mais.
Sequer ouviu um parabéns do chefe.
Mas o pior foi agüentar a colega que, mal disse bom dia, já resmungou:

Você fica aí todo esforçado e acaba prejudicando a gente.
Porque ele (o chefe) vai cobrar de nós a mesma atitude...
E não pense que você vai ganhar algo com isso.

E o dia estava apenas começando.

terça-feira, julho 10, 2007

Modo Hobsbawm

O livro A Era dos Extremos, de Eric Hobsbawm, tem mais de 500 páginas, letra minúscula, e a nada-modesta pretensão de contar a História do Breve Século XX.

Pois, além de fazer isso muito bem, não é que na página 512, quando a gente já está meio acostumado com a linguagem do autor, o cara tira da cartola mais um trecho mágico, onde o primor da escrita supera qualquer expectativa.

Eis o trecho que acabei de ler:

Quanto maiores os triunfos da ciência, maior a fome de buscar o inexplicável. Pouco depois da Segunda Guerra Mundial, que culminou na bomba atômica, os americanos (1947), acompanhados depois por seus seguidores culturais, os britânicos, passaram a ver a chegada em massa de 'objetos voadores não identificados', claramente inspirados pela ficção científica. Acreditavam com toda a firmeza que eles vinham de civilizações extraterrestres diferentes e superiores à nossa. Os observadores mais entusiásticos chegaram a ver de fato seus cidadãos, de formas estranhas, saindo desses 'discos voadores', e um ou dois até mesmo disseram ter pegado carona com eles. O fenômeno tornou-se mundial, embora um mapa de distribuição das aterrissagens desses extraterrestres mostrasse uma séria preferência pelo pouso ou sobrevôo em territórios anglo-saxônicos.

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