quinta-feira, janeiro 19, 2006
Ponto de vista
Os olhos seguiam o passeio das curvas. Definitivamente, não estavam acompanhando apenas um corpo na calçada. Se assim estivessem, seria em linha horizontal, sem muitos altos e baixos.
O que mudava horizontalmente era o zoom e o foco, conforme o corpo se distanciava, tais como na lente de uma câmera. Os olhos em si, acompanhavam meio que bêbados o rebolado, a cintura, o andar estonteante.
Abaixo deles, e pele do rosto que se contraía devido ao sorriso. Acima, a pálpebras meio fechadas e relaxadas como que em hipnose. No fundo, essa era apenas mais uma atuação dos olhos que, na falta do que fazer, repetiam um ato ao qual já se acostumaram, quase que por instinto.
A mente, no entanto, há muito tinha se desligado dos olhos, da cintura ou do rebolado. Encontrava-se em outro lugar, bem mais distante do que o corpo, o foco e o zoom poderiam alcançar.
Os olhos seguiam o passeio das curvas. Definitivamente, não estavam acompanhando apenas um corpo na calçada. Se assim estivessem, seria em linha horizontal, sem muitos altos e baixos.
O que mudava horizontalmente era o zoom e o foco, conforme o corpo se distanciava, tais como na lente de uma câmera. Os olhos em si, acompanhavam meio que bêbados o rebolado, a cintura, o andar estonteante.
Abaixo deles, e pele do rosto que se contraía devido ao sorriso. Acima, a pálpebras meio fechadas e relaxadas como que em hipnose. No fundo, essa era apenas mais uma atuação dos olhos que, na falta do que fazer, repetiam um ato ao qual já se acostumaram, quase que por instinto.
A mente, no entanto, há muito tinha se desligado dos olhos, da cintura ou do rebolado. Encontrava-se em outro lugar, bem mais distante do que o corpo, o foco e o zoom poderiam alcançar.
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