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quarta-feira, janeiro 18, 2006

Reveillon

Dos rituais
Veste-se chique, mas passa na praia e descalço.
Reza um Pai Nosso e pula sete ondinhas pra Iemanjá.
Fica de branco e suja no mar ou no champanhe.
Deseja felicidade e aquela coisa toda. Sequer vai ligar depois pra conferir se está tudo bem.
Promete emagrecer, enquanto se esbalda em comes e bebes.

Das esperanças
Num mesmo dia, todos felizes.
Acreditando que o ano será de mudança.
Como se a gente não mudasse todo dia.
Como se um dia, logo o primeiro do ano, fosse o marco da nova vida.

Das perguntas
Qual é o dia em que a ilusão acaba?
Quando notamos que o ritual não adiantou?
Que o tal ano é igual aos demais?

Das conclusões
Por isso prefiro o Carnaval.
Nele, sabemos que tudo é ilusão.
E que vai acabar na Quarta Feira de Cinzas.

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