sexta-feira, janeiro 26, 2007
A graça de São Paulo
É engraçado quando me falam de São Paulo.
Quando querem falar bem, falam da Paulista, do Pátio do Colégio e do Masp.
Quando querem falar mal, falam dos congestionamentos, da violência e de que tudo é caro.
É engraçado quando me falam de São Paulo.
Paulistanos sabem que a Paulista, o Pátio do Colégio e o Masp são nada mais que opções, dentro de mil outras que existem e estarão sempre lá. Assim como os milhares de caminhos alternativos, que você pega para fugir do congestionamento, ou dos assaltos.
Falando nisso: nunca fui roubado em São Paulo, e moro aqui há 26 anos. Fui roubado na chique Guarujá ou na bela Salvador. Seria azar? Ou o fato de que, por mal conhecer o lugar, não soube por onde andar? Acredito que seja a segunda opção. E vejo como é engraçada a visão do turista.
Afinal, a maioria segue o mesmo roteiro. Só vale roteiro para turista: museu, lugar histórico ou paisagem. Trânsito inexiste e a cidade pára com o intuito de acolhê-lo. Seja no Rio, Porto Seguro ou Fortaleza, o turista é mais bem tratado que o próprio morador.
É...para turista, São Paulo é ridícula.
Afinal, turista é aquele que acorda às 8h da manhã e vai dormir às 22h. Não é aquele que começa a primeira balada às 19h, vai para a segunda às 23h e emenda na terceira às 4h da manhã. Isso quando não pára em uma padaria ou mesmo na feira às 3h da madruga, para matar a fome.
Turista quer passar rápido para conhecer tudo. Ele não pode ficar um dia inteiro no Ibirapuera ou no Parque Villa Lobos. É em vão: por mais que ficasse um mês aqui, não conheceria nem 10%. Mas ele acha que não tem nada para conhecer.
Afinal, ele é turista. Quer ir num restaurante regional. Não tem graça ele ir num tailandês, italiano, japonês, russo, belga, ou mesmo mineiro, ou gaúcho. O fato da cidade ter uma imensa diversidade de culinárias até no shopping center é irrelevante.
E o que ele quer é algo regional. Liberdade, reduto japonês, não serve. O Bexiga, reduto italiano, também não. A Vila Madalena, reduto boêmio, pouco importa. Então fica na Paulista, reduto empresarial – que compete com a Berrini. Ah, claro...aí tudo fica caro.
Por tudo isso, vejo que São Paulo é a cidade ideal para seus moradores, não para turistas.
É engraçado quando me falam de São Paulo.
É engraçado quando me falam de São Paulo.
Quando querem falar bem, falam da Paulista, do Pátio do Colégio e do Masp.
Quando querem falar mal, falam dos congestionamentos, da violência e de que tudo é caro.
É engraçado quando me falam de São Paulo.
Paulistanos sabem que a Paulista, o Pátio do Colégio e o Masp são nada mais que opções, dentro de mil outras que existem e estarão sempre lá. Assim como os milhares de caminhos alternativos, que você pega para fugir do congestionamento, ou dos assaltos.
Falando nisso: nunca fui roubado em São Paulo, e moro aqui há 26 anos. Fui roubado na chique Guarujá ou na bela Salvador. Seria azar? Ou o fato de que, por mal conhecer o lugar, não soube por onde andar? Acredito que seja a segunda opção. E vejo como é engraçada a visão do turista.
Afinal, a maioria segue o mesmo roteiro. Só vale roteiro para turista: museu, lugar histórico ou paisagem. Trânsito inexiste e a cidade pára com o intuito de acolhê-lo. Seja no Rio, Porto Seguro ou Fortaleza, o turista é mais bem tratado que o próprio morador.
É...para turista, São Paulo é ridícula.
Afinal, turista é aquele que acorda às 8h da manhã e vai dormir às 22h. Não é aquele que começa a primeira balada às 19h, vai para a segunda às 23h e emenda na terceira às 4h da manhã. Isso quando não pára em uma padaria ou mesmo na feira às 3h da madruga, para matar a fome.
Turista quer passar rápido para conhecer tudo. Ele não pode ficar um dia inteiro no Ibirapuera ou no Parque Villa Lobos. É em vão: por mais que ficasse um mês aqui, não conheceria nem 10%. Mas ele acha que não tem nada para conhecer.
Afinal, ele é turista. Quer ir num restaurante regional. Não tem graça ele ir num tailandês, italiano, japonês, russo, belga, ou mesmo mineiro, ou gaúcho. O fato da cidade ter uma imensa diversidade de culinárias até no shopping center é irrelevante.
E o que ele quer é algo regional. Liberdade, reduto japonês, não serve. O Bexiga, reduto italiano, também não. A Vila Madalena, reduto boêmio, pouco importa. Então fica na Paulista, reduto empresarial – que compete com a Berrini. Ah, claro...aí tudo fica caro.
Por tudo isso, vejo que São Paulo é a cidade ideal para seus moradores, não para turistas.
É engraçado quando me falam de São Paulo.
Comments:
Ja me assaltaram duas vezes aqui, fora quando levaram o som do carro. E me assaltaram no Guaru - que não tem nada de chique há tempos. Em Salvador, só me ofereceram drogas, e olha que fiquei lá menos de duas horas. Eu amodeio São Paulo.
Oi Ale, a Paula Andrade me deu o endereço desse texto tão legal.
O olhar de turista não pode captar o encanto dessa cidade maluca e tão encantadora...tb tenho um texto que fala alguma coisa assim. Bom saber que esse é um sentimento comum. beijos
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O olhar de turista não pode captar o encanto dessa cidade maluca e tão encantadora...tb tenho um texto que fala alguma coisa assim. Bom saber que esse é um sentimento comum. beijos
forasteiros